segunda-feira, 30 de novembro de 2009

domingo, 8 de novembro de 2009

GESTANDO

O GESTAR tão “gestado”
Iniciou a aparição
Começando as oficinas
Nos polos de atuação
Com estudo, estratégia
E muita preparação .

Temos três polos em Salvador
Onde acontecem as oficinas
ICEIA, Central e Luiza Mahim
Centros que pratica e ensina
Onde ocorrem as vivências
Como essas, ditas por mim.

Na oficina “Introdutória”
Conhecemos professores e “escolas”
Desejo, história e expectativa
Apresentamos o GESTAR
Estrutura , metodologia
A teoria de forma “ativa”.

A oficina de “Projetos” , uma trilha
Com passos a caminhar
Estudo, montagens e reflexão
Para o professor vivenciar
Com estrutura e trocas
Aprendendo a projetar.

A oficina de” Gêneros “, expressiva
Com diversidade textual
Imagens e transmutação
Com hibridismo genial
Suporte e característica
Conteúdo e interação.

A de “Avaliação” trouxe a Prova Brasil
Com descritores e distratores
Matriz de referência e habilidades
Refletindo com os professores
Fazendo análise de itens
E da avaliação com qualidade.


A oficina de Letramento , significativa
Trabalhando na prática
Com “Magda Soares’ e “Kleiman”
Para a fundamentação teórica
Onde os professores vivenciaram
Estudo, reflexão e muita tática.

Na oficina de Portfólio resgatamos
Ações para a elaboração
Do passo a passo e do processo,
De toda a construção
Para compreender o modelo
“Teve” até simulação.

A de Estilística foi sucesso
Com os recursos expressivos
fonético , semântico e da enunciação
para usar quando for preciso
Observando sempre o contexto
A linguagem e sua função.

Teve a de Argumentação
Expressando a tese com ação
Os tipos de argumentos
Para a persuasão
Provas concretas,autoridade
Ajudam a firmar uma posição

A de Variação Linguística
Com vários dialetos
Uma mistura de falares
Oxente,é muito sério
Respeitar as falas
Não tem nenhum mistério

A de Gramática, enfática
Interna,Descritiva e Normativa
Mostrando de várias formas
A reescrita do texto
Com a Análise Linguística
Trabalhando no contexto

Ainda tem a última oficina
Dessa etapa, a de Avaliação
Vai mostrar o feedback
Do programa, da conclusão
Do resultado que causou
Este programa-ação.

O programa continua
Com garra e satisfação
Meus versos não vão parar
Até a sua conclusão
Mostrando os acontecimentos
Desse curso de formação.

Isabel você precisa
Vir aqui nos visitar
Vivenciar uma oficina
Conhecer nosso GESTAR
Comprovar que na Bahia
É bom em todo lugar.

E assim são onze oficinas
Que aconteceram com ação
Concretizando o GESTAR
Com muito estudo e emoção
O melhor programa na Bahia
Um diferencial em formação.

Grace Motta
Formadora de LP/GESTAR
Salvador- Bahia

quinta-feira, 23 de abril de 2009

quarta-feira, 22 de abril de 2009

Relexão sobre a semana de formação do Gestar II

Com muita expectativa aguardamos a semana de formação do GESTAR II, de Língua Portuguesa. Ficávamos imaginando: o que viria de novidades? aprofundamento de temas? dinâmicas ? dicas?

Iniciamos com apresentações e relato de vivências.Conhecemos então, Isabel, especialista de Língua Portuguesa, da UNB . Inicialmente foram pontuadas as alterações do Guia Geral e sobre a estrutura do programa , agora relacionado com a UNB.

A proposta inicial foi trabalhar com os AAs de alguns TPs.Em grupos, foram lidos e discutidos as atividades dos AAs. Novidade, visto que o AAA foi uma inovação no Programa Gestar II, necessária para a prática em sala de aula.

Em seguida, o trabalho com os gêneros evidenciou o quanto precisamos beber mais de fontes como hibridismo, retextualização.

Além disso foram realizadas algumas dinâmicas, atividades, reflexões e exibição de filmes.
Destaco o texto de Rubem Alves sobre o papel do professor e a reflexão sobre o filme “Narradores de Javé” evidenciando a importância da leitura e da escrita para todos nós.

Compartilhamos situações, transmitimos idéias, revelamos intenções.

Concluo solicitando mais encontros, para estudo, discussão principalmente com relação aos temas “Estilística”, Tipos textuais, Análise linguística . Temos um “público” de cursistas exigente e precisamos estar cada vez mais nos atualizando com relação aos temas propostos pelos TPs.

Continuamos sedentos de mais estudo, mais conceitos, mais saberes.

Somos sementeiros onde a árvore aguarda pacientemente mais recursos necessários para que os frutos sejam alimentados pelo conhecimento e desejo.E por que não dizer? Emoção!!!

A árvore aguarda...

Grace Motta

Salvador, 05/04/2009

Minhas Memórias

Neste momento, enfrento um nada que é este papel. Tento tirar as palavras do pensamento e colocá-las aqui.

Agora tenho o pretexto deste memorial. Estou aqui do lado de fora da página e me colocando dentro dela, expondo-me.

Escrevendo, as recordações se tornam palpáveis como uma foto. Para tê-las ali, torná-las presente.

Nunca soube por quê mas sempre gostei de “lembrar das lembranças” como se o meu pensamento fosse uma terceira dimensão- e eu pudesse enxergá-lo em todos os ângulos.
Num destes ângulos estou aprendendo a ler por caminhos e palavras que iam e vinham da cartilha de minha irmã, Gladys. A alfabetização teve início em casa. Onde minha mãe com um papel contendo um círculo no meio, vazado, me fazia adivinhar as letras, as palavras. E no meio de tantas figuras e letras sempre trocava o H do homem com o M da mala ,que ele carregava, e que era tão significativo para mim ( o que teria naquela mala? Por que o homem vai embora?) Perguntas não respondidas , só pensadas.

As palavras ficavam plenas de vida. E ali nas figuras estava a própria vida, nada mais, nada menos. Era preciso que as palavras aceitassem avançar para que eu pudesse continuar a trilha-lição.

“Tem que aprender antes de ir para a escola para não dar trabalho a professora”-dizia minha mãe.Sábia mãe!

Meu pai tinha um fascínio por dicionários, passava horas e horas lendo e tirava, vez em quando, uma palavra difícil pra gente adivinhar.



Isto me deixava curiosa a ponto de estar com aquele livro grosso, pesado,com folhas amareladas a folhear. E aos poucos fui percebendo que as letras da cartilha estavam ali.

Depois que descobri o encanto da leitura, lia tudo.Cheguei a fazer um poema com as palavras do dicionário:
Vento,
folha,
papel,
cai poesia.
Ficou engraçado,meu pai riu um bocado e gostou.

Outro ângulo de lembrança me leva á casa de meu tio Gurinha, grande leitor das revistas Seleções; lá ele tinha uma estante onde era arrumada ,por mês, muitas revistas e ali passou a ser o meu recanto de leitura.Passava tardes e tardes lendo.Adorava as “Piadas de caserna”, “Flagrantes da vida real”, “Rir é o melhor remédio” além dos artigos, que eram muito interessantes. Descobri que quanto mais eu lia mais tinha ideias para escrever, e passei a escrever mensagens, fiquei conhecida como aluna-poeta. Era um título que gostava e passei a ler mais ainda para ter ideias e continuar escrevendo as mensagens que me pediam.

(Estou aqui tentando soltar as palavras como cão procurando seu dono.)
Noutro ângulo está a minha escola, Escola Conselheiro Junqueira Aires, início do aprender sistematizado. Calça azul, blusa branca com um escudo plástico, transparente, onde lia-se o nome da escola e o seu logotipo ( forma de bandeira e livro).

Trimmm!!! A sineta chamava para a sala, as lições, as brincadeiras de rir , de chorar, sempre juntas, donos dos nossos mundos-ilusão.

Poucas imagens me restam: a biblioteca com mesas e cadeiras em ordem, prateleira com livros expostos para olhar, pegar, encantar. O corredor comprido e a sala...grande, com carteiras arrumadas em fileira, um grande quadro de lado a lado da parede, giz, apagador...

Aula de Português: Professora leitora, voz mansa, afetiva. Nos levava a fazer viagens nos livros, disputa para quem lia mais.Líamos poesias ( lembro-me de “Café com pão, café com pão.., (Manuel Bandeira), histórias, contos..e regras gramaticais.Mesmo no meio de tantas regras gramaticais, éramos felizes porque ali era a vida: de novidades,de textos,de histórias, de sonhos.

A professora levava para sala vários livros de histórias para empréstimo e anotava a data da devolução. Eu sempre atrasava..gostava de ler o livro mais de uma vez.A primeira vez, lia por curiosidade, para conhecer a história. A segunda vez, para me deliciar...ler e reler as partes que mais gostava, imaginar outro final da história, etc.

Gostava também de misturar histórias: “Por que o lobo mau em vez de comer a vovozinha não comia a madrasta da Bela Adormecida?” Ia misturando e inventando novas histórias.

Aula de matemática, sabatina! Em círculo, com as mãos e os dedos estirados( para não contar), jogo de perguntas e respostas.

Até que chega a hora da alegria e da fantasia: recreio com suas merendas( banana real, cavaco, acarajé, picolé, pastel, alfélis,etc..) ; álbuns de figurinhas.
Brincadeias...elástico, uni,uni, dê, pega-pega.

Músicas: Terezinha de Jesus de uma queda foi ao chão...; Alecrim. Alecrim dourado que nasceu no campo sem ser semeado...

Como o tempo andou depressa! Gostaria de estar de novo naquela escola, estar ali por querer estar, sem nada para fazer ou cumprir. Escola pra mim era troca, novidades, alegrias ( apesar das sabatinas).

A leitura é a luz para os meus olhos e a lanterna para os meus pés que me conduz a caminhos novos e encantados.

Procurar lembranças no fundo do tempo é sempre cair de novo em mim mesmo.

Grace Motta. Em 05 de abril de 2009